terça-feira, 28 de outubro de 2014

Influência da mídia

Hulk Hogan, Rambo, Arnold Schwarzenegger, He-Man. Atletas olímpicos. Melhor, mais forte, mais rápido. Nos anos 80, acertar um soco no adversário do Irã era desejado, vencer as Olimpíadas era a glória. 

Em "Bigger, stronger, faster" o foco não é alertar contra efeitos do uso de anabolizantes, mas sim do efeito de ser americano. Imagine acordar de manhã, ligar a tv e no noticiário receber a notícia de que seu ídolo não é tão perfeito quanto você acreditava? Que seu lutador preferido, aquele em que você se inspirou toda a sua adolescência e juventude, foi acusado por posse de cocaína e maconha? Ou que seus músculos foram resultado de 12 anos de esteróides? Não deve ser nada fácil. 


Não é somente um aparato da mídia atual usar de todas as formas para convencer seu público a comprar tal estilo de vida que ela vende. Como vemos, isso acontece desde quando se conhece mídia por mídia. A televisão, as rádios, jornais, revistas, cinema... tudo é utilizado. Nos anos 80, ser forte, musculoso, rápido e grande era o objetivo de praticamente todos os jovens. O conhecido Rocky Balboa, lembrado por suas frases de efeito e incentivo, mostrava aos jovens que eles eram os únicos capazes de escolher o destino da sua vida. Em tese, ele queria mostrar para todos que dependia de cada um se transformar em um grande campeão, usando como espelho o próprio campeão, o lendário e invencível Rock.

"Hulkamania nasceu e a mensagem estava clara: você não mexe com Hulk Hogan e você certamente não mexe com a América". 

Os Estados Unidos são o melhor exemplo de "show de nacionalidade". A terra do tio Sam detém a maior indústria cinematográfica do mundo. Se antes a expressão da superioridade era o Rambo, hoje é o Capitão América, herói da Marvel. Além de exemplificar a soberania estaduniense, o avenger é um dos heróis favoritos das crianças de todo o mundo. E é esse o ponto forte: os EUA não apenas criam heróis para seu povo nativo, mas para o resto da humanidade. Um exemplo disso são as propagandas da Coca Cola. Já passou pela sua cabeça aquele sentimento de querer "entrar" nesses comerciais? A vida lá é tão feliz, tão melhor. Quem não quer.

  "Queria crescer americano, comer hot-dog e arrotar coca-cola". Troquei o sabão de coco pelo shampoo". 
                                                                     (trecho do documentário "Utopia e Barbárie") 


Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
(...)
 Eu vou pagar
A conta do analista
Pra nunca mais
Ter que saber
Quem eu sou
                                                                                    (trechos da música "Ideologia", Cazuza)

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